- Semana passada, falei sobre Doug Collins, forte candidato a Técnico do Ano, se o Sixers conseguir se manter entre as principais equipes do Leste. Outro treinador que vem fazendo um excelente trabalho e pode ser considerado um candidato ao prêmio é Gregg Popovich, técnico do Spurs. Com 4 títulos, Popovich não precisa provar para ninguém sua capacidade como treinador; no entanto, vai mostrando mais uma vez o que o diferencia da maioria. Assim que o Spurs perdeu Manu Ginóbili por 2 meses devido a uma fratura na mão, todos (e me incluo nessa) diziam a mesma coisa: o time do Texas terá grandes dificuldades para se manter competitivo. No entanto, desde o ocorrido, o Spurs venceu 6 das suas 8 partidas, mantendo-se na liderança da divisão Sudoeste. A equipe vem recebendo contribuições previsíveis (Tony Parker, Tim Duncan, DeJuan Blair) e surpreendentes (Richard Jefferson, Danny Green, o novato Kawhi Leonard e o brasileiro Tiago Splitter).
- Falando em Splitter, o brasileiro está em sua melhor fase desde que chegou a San Antonio. Pela primeira vez, vem ganhando minutos consistentes e vai mostrando que os merece: o jogador já atingiu dígitos duplos 4 vezes em janeiro. Com o declínio de Tim Duncan, o brasileiro deverá ter mais e mais oportunidades para atuar. Vamos torcer para que ele continue aproveitando os minutos!
- Apesar da indefinição com relação ao futuro de Dwight Howard, Stan Van Gundy vai conseguindo dar forma ao time do Magic. A equipe de Orlando vem em boa fase, tendo vencido 5 de suas últimas 6 partidas e 4 seguidas fora de casa. Além da imponente presença de Dwight, a equipe vem contando com uma ótima temporada do ala-pivô Ryan Anderson. O jogador, parte do elenco do Magic há alguns anos, mas que só se firmou como titular nesta temporada, vem com mais e 18 pontos e 7 rebotes de média, além de quase 45% de aproveitamento dos arremessos de longa distância (em impressionantes 8 tentativas por jogo). Ele é o "stretch four" (ala pivô com bom arremesso de 3) perfeito para o sistema empregado por Van Gundy, com Howard no meio e quatro jogadores abertos ao redor da linha de 3 pontos.
- Após um início péssimo, o Dallas Mavericks parece estar começando a se entrosar. Antes de enfrentar o Lakers, a equipe estava com 5 vitórias consecutivas, e 4 delas foram por pelo menos 14 pontos de diferença. Os adversários não foram dos mais fortes; de qualquer modo, a equipe precisava de uma sequência de vitórias para ganhar confiança. Peças novas, como Vince Carter e Delonte West, vão começando a encontrar seu espaço e contribuir para a equipe. Lamar Odom, no entanto, ainda está bem abaixo do que o time de Dallas espera dele. Talvez a boa atuação de ontem contra o Lakers, seu time anterior, seja um passo na direção certa.
- Até aqui, o Boston Celtics vem sendo uma das surpresas negativas da temporada, com apenas 4 vitórias em 12 partidas. Uma análise mais profunda mostra que a campanha é ainda pior do que parece: as 4 vitórias do time celta vieram contra Wizards (duas vezes), Nets e Pistons. Nas 6 vezes que a equipe enfrentou um adversário de maior qualidade, perdeu (e também perdeu por 19 pontos para o Hornets). Será que é apenas um início ruim ou há motivos para maior preocupação? Eu não descartaria o Celtics, pois ainda possui grandes jogadores acostumados a vencer. Muitas vezes, no entanto, jogadores veteranos têm um declínio muito grande nesse estágio da carreira. Para o bem dos torcedores do Celtics, resta esperar que não seja o caso de Garnett, Pierce e Allen.
Links sugeridos:
Lucas Xavier, do Cavs Brasil, fala sobre o desempenho do time de Cleveland no início da temporada: "O Cavs fez um início de temporada razoável e acima das expectativas, já que, 8 das 11 partidas foram jogadas longe de Cleveland e, ainda assim, o Cavs está na zona de classificação para os playoffs. Kyrie Irving parece bem à vontade em quadra, o time vem fazendo um trabalho defensivo bom e tem uma campanha boa fora de casa".
Denis, do Bola Presa, faz uma detalhada análise do Sixers, surpresa positiva da temporada até aqui. Ele dá destaque para o histórico de boas defesas montadas por Doug Collins ao longo de sua carreira: "O Doug Collins sempre gostou de montar boas defesas, foi assim em todos os times que trabalhou. Primeiro no Chicago Bulls do começo da carreira de Michael Jordan no fim dos anos 80, onde chegou a ter a 2ª defesa mais eficiente da liga em 1987-88. No Detroit Pistons do meio dos anos 90 sempre manteve eles dentro dos 10 melhores na categoria. Só com o Washington Wizards do Jordan quarentão que os números foram fracos, mas com aquele time era difícil fazer milagre"
Pedro Henrique, do All Your Balls, fala sobre a liberdade ofensiva de Kobe no Lakers de Mike Brown: "Com a saída de Phil Jackson (11 títulos como técnico e 2 como jogador), o Lakers mudou muito o seu modo de jogar. Principalmente com a chegada de Mike Brown, um técnico pra lá de defensivo, como já comentei em outro texto. E pelo jeito Mike pretende instalar em LA o que ele instalou em Cleveland na época que comandava o time com LeBron. Uma forte defesa e carta branca para o seu craque".
Lucas Pastore, do Spurs Brasil, analisa a aposta do Spurs, que trocou George Hill para poder escolher Kawhi Leonard no draft: "O tamanho de Leonard também ajuda em sua versatilidade. Assim como Hill, o ala pode defender várias posições. Porém, mais alto, pode até mesmo passar alguns minutos como um falso ala-pivô. Pop tem usado essa formação tática contra equipes que usam o small-ball: foi assim contra o Rockets e contra o Portland TrailBlazers, que utilizaram, respectivamente, Chandler Parsons e Gerald Wallace na posição quatro durante boa parte de seus confrontos contra o Spurs".
Luís Araújo, do Bulls Brasil, fala sobre a próxima sensação espanhola que chegará à NBA, o ala-pivô montenegrino naturalizado Nikola Mirotic: "Nesta temporada, Mirotic ganhou ainda mais espaço no Real Madrid. De um promissor atleta que contribuía bem a partir do banco de reservas, se transformou em uma das principais razões pelo sucesso da equipe. Suas atuações inspiradas conduziram o time da capital espanhola a enfileirar seis vitórias consecutivas na fase de classificação da Euroleague. Não à toa, foi eleito o melhor jogador da competição no mês de dezembro".
Felipe Aires, do Pick and Roll, dedica uma postagem aos grandes tocos que Michael Jordan sofreu em sua carreira. Sobre um toco dado por Shawn Kemp (para ver esse e outros vídeos, acesse o link), ele diz: "Arrasadora. Essa é a palavra para descrever a rejeição de Shawn Kemp em Michael Jordan. Por sorte, MJ não se abalou com o lance, ganhando em seguida o título em cima do time de Kemp, o Seattle SuperSonics".
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