(Caso você tenha perdido, confira a análise da offseason do Pistons, postada ontem)
Principais aquisições: DJ Augustin, Gerald Green, Ian Mahinmi,
Miles Plumlee (draft), Orlando Johnson (draft)
Principais perdas:
Darren Collison, Leandrinho, Dahntay Jones, Louis Amundson
Após uma sequência de temporadas com times fracos que não
empolgavam, o Pacers voltou a ser competitivo na temporada 2010/11, quando foi
eliminado na primeira fase dos playoffs pelo Bulls, em cinco jogos. Na
temporada passada, a equipe recebeu o reforço do experiente e talentoso David
West e deu continuidade ao seu progresso sob o comando do jovem técnico Frank
Vogel. A eliminação acabou vindo nas mãos do campeão, o Heat, em seis partidas.
Pelo segundo ano seguido, o time evoluiu.
Há alguns anos, o Pacers chama a atenção por ter um plano
muito claro. É um plano que envolve total disciplina, muita paciência e nenhuma
pirotecnia. Em vez de tentar grandes contratações a fim de dar um salto de
qualidade imediato – que, por outro lado, acabariam com a flexibilidade futura
– a franquia de Indiana vai construindo seu elenco um tijolo de cada vez.
Mais uma vez, as decisões tomadas na atual offseason apontam
nesse sentido. Especulava-se que o Pacers ofereceria um contrato de valor alto
para Eric Gordon, mas o time preferiu usar o dinheiro para manter Roy Hibbert –
por um salário salgado, sim, mas pivôs sempre são supervalorizados, e perdê-lo
custaria ainda mais caro dentro de quadra – e estender o contrato de George
Hill. Hill terá que provar que é capaz de ser um armador titular consistente. A
seu favor, há o fato de ele ter tido uma das melhores médias da liga como
criador no pick-and-roll (0,98 pontos
por posse, 11º na NBA).
Para dar espaço para Hill, a franquia de Indianápolis trocou
Darren Collison – armador titular por boa parte da temporada passada – e
Dahntay Jones pelo pivô Ian Mahinmi. Para ocupar a vaga de armador reserva
deixada por Collison, o Pacers acertou com DJ Augustin por um contrato curto
(apenas um ano) e bem razoável (3,5 milhões de dólares).
Com a finalidade de reforçar o banco, o Pacers assinou com o
ala Gerald Green, jogador com muito potencial que fracassou em vários times da
NBA em suas primeiras temporadas e, após algum tempo na D-League,
finalmente conseguiu ter um bom desempenho ao receber uma oportunidade do Nets
na temporada passada.
(Gerald Green sempre foi excelente nas enterradas. Na
temporada passada, ele finalmente mostrou mais do que isso)
No draft, as escolhas foram o pivô Miles Plumlee (limitado
ofensivamente, mas especialista em fazer o "trabalho sujo" no
garrafão) e o ala-armador Orlando Johnson (bom arremessador que, embora tenha
um potencial relativamente limitado, pode ter condições de contribuir logo).
O Pacers conseguiu manter seus principais jogadores e trouxe
algumas peças para reforçar o seu elenco. Isso deve ser o bastante para manter
a equipe competitiva e na briga por mando de quadra na primeira fase dos
playoffs. Para que o time dê um passo adiante e lute pelo título do Leste,
muito depende do desenvolvimento de seus jovens jogadores, principalmente de
Paul George. Em sua primeira temporada como titular, George mostrou ter uma
combinação de qualidades raríssima na NBA. Se ele for desenvolvido corretamente
pelo Pacers e estiver disposto a trabalhar para alcançar o seu potencial, o ala
tem tudo para ser o principal jogador da equipe em questão de dois ou três
anos. Talvez seja esse o tempo necessário para que Indiana se torne um real
candidato ao título.
(Uma das áreas em que Paul George precisa melhorar é o
arremesso de três da zona morta)
Rotação:*
PG: George
Hill / DJ Augustin / Lance Stephenson
SG: Paul
George / Orlando Johnson
SF: Danny
Granger / Gerald Green
PF: David
West / Tyler Hansbrough / Jeff Pendergraph
C: Roy
Hibbert / Ian Mahinmi / Miles Plumlee
* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas. Vários
deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.
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Amanhã: Milwaukee Bucks
Marcadores: Análises da offseason, Pacers