Caso ainda não tenha visto, confira as análises da offseason dos times abaixo:
Principal aquisição: Nando de Colo
Principal perda: nenhuma
Considerado um time velho demais para disputar o título
antes da temporada passada, o Spurs mostrou de novo por que é melhor não
descartar uma equipe treinada por Gregg Popovich. Mais uma vez, a franquia
texana encontrou peças complementares boas e baratas e conseguiu se reinventar
ao longo do ano. O resultado: uma campanha surpreendente e impressionante, que
contou com três sequências de mais de 10 vitórias consecutivas, incluindo uma
que chegou aos 20 jogos e só foi quebrada nos playoffs pelo Thunder, equipe que
acabou eliminando San Antonio – com quatro vitórias seguidas, ironicamente.
Para a próxima temporada, o Spurs adotou um plano muito
simples: manter o time intacto. A equipe agiu rapidamente na offseason e
renovou com Duncan, Green, Diaw e Mills.
Tal abordagem acaba levando à seguinte pergunta: será que
apostar em um time cheio de veteranos e que nos playoffs não conseguiu superar
um adversário jovem (que só tende a melhorar) é o caminho certo?
Só teremos uma resposta definitiva ao longo da temporada. O
que se pode dizer é que, embora o elenco não tenha mudado, não se pode
descartar uma evolução do Spurs. Boris Diaw e Stephen Jackson, dois jogadores
que chegaram ao longo da temporada e foram importantíssimos nos playoffs, terão
uma pré-temporada para se entrosarem ainda mais com o resto do grupo. Além
disso, os armadores Patrick Mills (que foi contratado durante a temporada
passada e quase não jogou) e Nando de Colo (escolha no draft de alguns anos
atrás que foi buscado na Europa para a próxima temporada) terão a oportunidade
de tapar um dos poucos buracos no time de Popovich: a posição de armador
reserva. Os dois jogadores disputaram as Olimpíadas por suas respectivas
seleções – Mills pela Austrália e de Colo pela França. O primeiro foi o
principal nome de sua equipe, tendo total liberdade para arremessar (algo que
ele faz sem pensar duas vezes). Já o segundo cumpriu um papel complementar pela
seleção de seu país, tendo altos e baixos ao longo da competição.
Mas é o desempenho de um jogador específico que pode ser
determinante na evolução (ou não) do time de San Antonio. O crescimento de
Kawhi Leonard, um dos melhores novatos da temporada passada, pode ser a
diferença entre um Spurs candidato ao título e uma equipe em declínio. Leonard
apresentou impressionante evolução ao longo de seu primeiro ano, motivo
suficiente para deixar a torcida da franquia do Texas otimista com relação à
próxima temporada.
(Desde os tempos de Bruce Bowen, o Spurs valoriza muito
jogadores com bom aproveitamento na bola de três da zona morta. Em sua primeira
temporada, Leonard se mostrou muito competente nesse aspecto.)
Além disso, deve-se dizer que, embora um ano mais velhos, Duncan, Ginóbili e
Parker continuarão sendo um trio perigosíssimo e capaz de causar problemas para
qualquer adversário. Se isso será o suficiente para manter o Spurs na briga
pelo título, só saberemos daqui alguns meses.
(Ginóbili pode estar ficando velho, mas ainda é capaz de fazer jogadas incríveis)
Mas a temporada passada nos ensinou uma coisa: descartar o time de Pop nunca é uma boa ideia.
Rotação:*
PG: Tony
Parker / Patrick Mills / Nando de Colo
SG: Danny
Green / Manu Ginóbili / Gary Neal / Cory Joseph
SF: Kawhi
Leonard / Stephen Jackson
PF: Tim
Duncan / Matt Bonner
C: Boris
Diaw / Tiago Splitter / DeJuan Blair
* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas.
Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.
Segunda-feira: Denver Nuggets
Marcadores: Análises da offseason, Spurs