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Análises da offseason: Los Angeles Lakers


 

Caso ainda não tenha visto, confira as análises da offseason dos times abaixo:

 Boston CelticsBrooklyn Nets New York Knicks Philadelphia 76ers Toronto RaptorsChicago BullsCleveland Cavaliers Detroit PistonsIndiana Pacers 
Milwaukee Bucks Atlanta Hawks Charlotte Bobcats Miami HeatOrlando Magic Washington Wizards Dallas Mavericks Houston Rockets Memphis Grizzlies 
New Orleans Hornets San Antonio Spurs Denver Nuggets Minnesota Timberwolves Oklahoma City ThunderPortland Trail BlazersUtah Jazz Golden State Warriors Los Angeles Clippers


Principais aquisições: Dwight Howard, Steve Nash, Antawn Jamison, Jodie Meeks, Earl Clark, Chris Duhon
Principais perdas: Andrew Bynum, Matt Barnes, Ramon Sessions, Josh McRoberts

Eliminado de forma categórica pelo Thunder na segunda fase dos playoffs, o Lakers entrou na offseason com uma ideia bastante clara: mudanças seriam necessárias para a franquia voltar a postular pelo título.

Muito se especulava que os dias de Pau Gasol estavam contados. Com a evolução de Bynum, que se tornou o foco ofensivo do Lakers no garrafão, Gasol passou boa parte da temporada atuando como um mero arremessador de meia distância, vendo suas principais qualidades serem desperdiçadas.

No fim das contas, o Lakers mudou, mas Gasol ficou. Quem saiu foi Andrew Bynum, trocado por Dwight Howard. Após meses de especulação e de uma novela que parecia interminável, Howard acabou indo mesmo para LA. E não foi só ele.

O armador Steve Nash foi adquirido pela franquia por meio de uma sign-and-trade com o seu time anterior, o Suns. Assim, o Lakers não precisou perder ninguém para contratar o canadense que, embora já tenha 38 anos de idade, ainda é um dos melhores da NBA em sua posição. Para isso, a equipe de Kobe só precisou abrir mão de algumas escolhas futuras no draft (duas do 1º round e outras duas do 2º).

Para o banco, talvez o principal ponto fraco do time no ano passado, o Lakers acertou a permanência de Jordan Hill, contratou o veterano Antawn Jamison e também acertou com o ala-armador Jodie Meeks. Earl Clark e Chris Duhon, duas peças adquiridas na troca com o Magic, servirão para complementar o banco de reservas.

Mas o que os acréscimos de Nash, Howard e Jamison representam para o Lakers?

Em primeiro lugar, significam que o ataque não será previsível como o da temporada que passou. Com a criatividade e a visão de jogo do armador canadense, não haverá motivos para o time ser tão dependente das jogadas individuais de Kobe, e Gasol poderá voltar a ser um importante fator naquele lado da quadra. Não faltarão opções para Nash, que pode fazer o pick­-and-roll com Howard ou o pick-and-pop com Gasol. Jamison, por sua vez, é o tipo de sexto homem que fez tanta falta para Mike Brown em seu primeiro ano no comando do Lakers. A ideia do técnico é utilizar alguns elementos do sistema ofensivo de Princeton (mais uma vez, sugiro o texto do Bola Presa para quem quiser entender como o sistema funciona).

Do outro lado da quadra, a presença de Nash e Jamison deve ser motivo para certa preocupação. No entanto, a chegada de Howard deve melhorar muito a cobertura do pick-and-roll, ponto fraco do Lakers há muito tempo. O time ainda deverá ter problemas com armadores velozes, mas a presença de Howard tende a compensar um pouco as deficiências defensivas no perímetro.

Outro aspecto que tem tudo para ser muito interessante é a dinâmica entre Nash e Kobe. Os dois jogadores estão acostumados a ter a bola nas mãos no ataque; portanto, para que eles coexistam em quadra sem que percam produtividade, ambos precisarão fazer ajustes. Quando falamos de dois atletas desse nível e inteligência, a tendência é dar a eles o benefício da dúvida, mas estou curioso para acompanhar o desenrolar dessa situação.

(Além de um extraordinário passador, Nash é, talvez, o melhor arremessador da NBA)

Outro aspecto que intriga muito é como Howard será utilizado no ataque. Acostumado a ser a primeira opção do Magic, Howard precisará aceitar a ideia de receber menos a bola de costas para a cesta, e mais em movimento. Embora tenha os atributos físicos para ser uma excelente arma no pick-and-roll, Dwight não tinha a parceria de armador para ser usado assim com máxima eficácia em Orlando. Agora, ele tem.

(Com Nash, Howard deve ser muito mais usado no pick-and-roll do que em Orlando)

Em teoria, o reforçado Lakers tem tudo para dar certo. Com Gasol e Howard no garrafão, a equipe deve causar enormes problemas para os demais favoritos, que carecem de jogadores desse nível embaixo da cesta. No entanto, o outro lado da quadra trará alguns desafios, pois, exceção feita a Howard, a escalação não é das mais ágeis defensivamente. Portanto, o time ser ou não um grande favorito ao título dependerá muito de como as peças se encaixarão, tanto no ataque quanto na defesa. Estaremos todos acompanhando quando a temporada começar.

Rotação:*

PG: Steve Nash / Steve Blake / Chris Duhon / Darius Morris
SG: Kobe Bryant / Jodie Meeks / Andrew Goudelock
SF: Metta World Peace / Devin Ebanks
PF: Pau Gasol / Antawn Jamison / Earl Clark
C: Dwight Howard / Jordan Hill

* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas. Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.

Amanhã: Phoenix Suns



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