Caso ainda não tenha visto, confira as análises da offseason dos times abaixo:
Principais
aquisições: Dwight
Howard, Steve Nash, Antawn Jamison, Jodie Meeks, Earl Clark, Chris Duhon
Principais
perdas: Andrew
Bynum, Matt Barnes, Ramon Sessions, Josh McRoberts
Eliminado de forma categórica pelo Thunder na segunda fase
dos playoffs, o Lakers entrou na offseason com uma ideia bastante clara:
mudanças seriam necessárias para a franquia voltar a postular pelo título.
Muito se especulava que os dias de Pau Gasol estavam
contados. Com a evolução de Bynum, que se tornou o foco ofensivo do Lakers no
garrafão, Gasol passou boa parte da temporada atuando como um mero arremessador
de meia distância, vendo suas principais qualidades serem desperdiçadas.
No fim das contas, o Lakers mudou, mas Gasol ficou. Quem
saiu foi Andrew Bynum, trocado por Dwight Howard. Após meses de especulação e
de uma novela que parecia interminável, Howard acabou indo mesmo para LA. E não
foi só ele.
O armador Steve Nash foi adquirido pela franquia por meio de
uma sign-and-trade com o seu time anterior, o Suns. Assim, o Lakers não
precisou perder ninguém para contratar o canadense que, embora já tenha 38 anos
de idade, ainda é um dos melhores da NBA em sua posição. Para isso, a equipe de
Kobe só precisou abrir mão de algumas escolhas futuras no draft (duas do 1º
round e outras duas do 2º).
Para o banco, talvez o principal ponto fraco do time no ano
passado, o Lakers acertou a permanência de Jordan Hill, contratou o veterano
Antawn Jamison e também acertou com o ala-armador Jodie Meeks. Earl Clark e
Chris Duhon, duas peças adquiridas na troca com o Magic, servirão para
complementar o banco de reservas.
Mas o que os acréscimos de Nash, Howard e Jamison
representam para o Lakers?
Em primeiro lugar, significam que o ataque não será
previsível como o da temporada que passou. Com a criatividade e a visão de jogo
do armador canadense, não haverá motivos para o time ser tão dependente das
jogadas individuais de Kobe, e Gasol poderá voltar a ser um importante fator
naquele lado da quadra. Não faltarão opções para Nash, que pode fazer o pick-and-roll
com Howard ou o pick-and-pop com Gasol. Jamison, por sua vez, é o
tipo de sexto homem que fez tanta falta para Mike Brown em seu primeiro ano no
comando do Lakers. A ideia do técnico é utilizar alguns elementos do sistema
ofensivo de Princeton (mais uma vez, sugiro o texto do Bola Presa para quem
quiser entender como o sistema funciona).
Do outro lado da quadra, a presença de Nash e Jamison deve
ser motivo para certa preocupação. No entanto, a chegada de Howard deve
melhorar muito a cobertura do pick-and-roll, ponto fraco do Lakers há
muito tempo. O time ainda deverá ter problemas com armadores velozes, mas a
presença de Howard tende a compensar um pouco as deficiências defensivas no
perímetro.
Outro aspecto que tem tudo para ser muito interessante é a
dinâmica entre Nash e Kobe. Os dois jogadores estão acostumados a ter a bola
nas mãos no ataque; portanto, para que eles coexistam em quadra sem que percam
produtividade, ambos precisarão fazer ajustes. Quando falamos de dois atletas
desse nível e inteligência, a tendência é dar a eles o benefício da dúvida, mas
estou curioso para acompanhar o desenrolar dessa situação.
(Além de um extraordinário passador, Nash é, talvez, o
melhor arremessador da NBA)
Outro aspecto que intriga muito é como Howard será utilizado
no ataque. Acostumado a ser a primeira opção do Magic, Howard precisará aceitar
a ideia de receber menos a bola de costas para a cesta, e mais em movimento.
Embora tenha os atributos físicos para ser uma excelente arma no pick-and-roll,
Dwight não tinha a parceria de armador para ser usado assim com máxima eficácia
em Orlando. Agora, ele tem.
(Com Nash, Howard deve ser muito mais usado no pick-and-roll
do que em Orlando)
Em teoria, o reforçado Lakers tem tudo para dar certo. Com
Gasol e Howard no garrafão, a equipe deve causar enormes problemas para os
demais favoritos, que carecem de jogadores desse nível embaixo da cesta. No
entanto, o outro lado da quadra trará alguns desafios, pois, exceção feita a
Howard, a escalação não é das mais ágeis defensivamente. Portanto, o time ser
ou não um grande favorito ao título dependerá muito de como as peças se
encaixarão, tanto no ataque quanto na defesa. Estaremos todos acompanhando
quando a temporada começar.
Rotação:*
PG: Steve
Nash / Steve Blake / Chris Duhon / Darius Morris
SG: Kobe
Bryant / Jodie Meeks / Andrew Goudelock
SF: Metta
World Peace / Devin Ebanks
PF: Pau
Gasol / Antawn Jamison / Earl Clark
C: Dwight
Howard / Jordan Hill
* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas.
Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.
Amanhã: Phoenix Suns
Marcadores: Análises da offseason, Lakers