Caso ainda não tenha visto, confira as análises da offseason dos times abaixo:
Principais
aquisições: Goran
Dragic, Michael Beasley, Wesley Johnson, Luis Scola, Jermaine O'Neal, Kendall
Marshall (draft)
Principais
perdas: Steve Nash,
Grant Hill, Robin Lopez, Josh Childress, Michael Redd
Após duas temporadas seguidas de equipes medíocres que só
foram competitivas – e mesmo assim ficaram de fora dos playoffs – graças a
Steve Nash, a offseason do Suns responderia a uma grande dúvida: o time
seguiria dependendo do armador canadense, mesmo sem poder oferecer a ele um
elenco de apoio qualificado? Ou a franquia de Phoenix finalmente aceitaria a
ideia de começar uma reformulação?
Não levou muito tempo para que o plano do Suns ficasse
claro. Nash recebeu ofertas de várias equipes (com destaque para o Raptors e o
Knicks). Enquanto isso, Phoenix voltou suas atenções a outros jogadores.
Naquele momento, ficou nítido que a decisão havia sido tomada e que Nash já
havia jogado sua última partida pela franquia do Arizona. Era o primeiro passo
da reconstrução do time.
Nash acabou indo para o Lakers por meio de uma sign-and-trade,
na qual o Suns recebeu duas escolhas futuras de 1º round e mais duas de 2º. A
equipe não perdeu tempo e tentou contratar o ala-armador Eric Gordon,
oferecendo um contrato de salário máximo para o jogador. No entanto, como
Gordon era agente livre restrito, o Hornets pôde bancar a oferta.
Para substituir Nash, o Suns foi buscar o seu antigo
reserva, o esloveno Goran Dragic, que se destacou na temporada passada pelo
Rockets. Dragic certamente não é Nash, mas tem ótimas qualidades para um
armador e ainda é jovem (26 anos).
Outro reforço jovem foi o ala Michael Beasley. Beasley foi a
segunda escolha do draft de 2008 e é um jogador extremamente talentoso. O
problema até aqui em sua carreira tem sido a cabeça. Em quatro anos, dois times
já apostaram nele... e também já desistiram. O Suns acredita que pode oferecer
as condições para que o ala finalmente alcance o seu potencial. Pode até dar
certo, mas é uma aposta bem arriscada.
(Nem sempre Beasley é individualista)
Outro reforço é o veterano ala-pivô Luis Scola. Anistiado
pelo Rockets, o jogador foi a leilão e a melhor proposta foi de Phoenix. Scola
deverá ser titular na equipe, e seu entrosamento com Dragic – os dois jogaram
muito bem juntos em Houston no final da temporada passada – pode beneficiar o
Suns.
(Ele pode não ser dos mais atléticos, mas Scola é um jogador
muito completo ofensivamente)
Mais um reforço adquirido pela franquia veio na troca que
marcou a saída do pivô Robin Lopez. O Wolves precisava se posicionar abaixo do
teto salarial para contratar Andrei Kirilenko. Por isso, largou o contrato de
Wesley Johnson nas costas do Suns, que ainda ganhou uma escolha futura de 1º
round como compensação. Johnson foi a quarta escolha do draft de 2010, mas
pouco mostrou nas suas duas primeiras temporadas. Quem me segue no Twitter já
deve ter visto eu chamá-lo de "o arremessador especialista que não sabe
arremessar". Isso é uma brincadeira, é claro. Johnson tem um bom
arremesso. Mas é inegável que, por algum tipo de bloqueio psicológico, ele
ainda não conseguiu mostrar isso na NBA. Portanto, o jogador é mais uma aposta.
Nesse caso, pelo menos, é uma aposta que não envolve grandes riscos. Caso ele
não emplaque, o Suns pode simplesmente abrir mão da opção de mantê-lo em
2013/14.
No draft, a escolha foi o armador Kendall Marshall. O
jogador, que disputou duas temporadas por North Carolina, não é um grande
pontuador – longe disso, na verdade. Ele faz uma coisa bem: passar a bola. E
isso ele faz muitíssimo bem; sua visão de jogo realmente impressiona. No
entanto, se o seu desempenho na Summer League de Las Vegas servir de
referência, sua primeira temporada exigirá muita paciência. Caso ele se adapte
rapidamente ao estilo de jogo da NBA, pode ser um bom reserva para Dragic. Do
contrário, ele passará boa parte de sua temporada de calouro sentado no banco
enquanto Telfair cumpre o papel de armador reserva.
Outra transação importante foi a anistia de Josh Childress,
que liberou espaço abaixo do teto salarial do Suns e permitiu que a franquia
fosse tão ativa na offseason. Para complementar o elenco, o veterano Jermaine O'Neal
foi contratado. Além dele, o Suns buscou o ala PJ Tucker, que teve boas
temporadas na Europa.
Com todas essas mudanças, não há dúvidas de que o Suns
finalmente decidiu entrar em uma nova fase. Embora algumas escolhas da
offseason tenham sido questionáveis, ao menos o processo de renovação começou,
e a franquia não comprometeu sua flexibilidade futura. Com um pouco de
criatividade, é possível criar espaço para fazer uma oferta de contrato máximo
para algum jogador na próxima offseason.
Os resultados podem não ser os
melhores de imediato – uma classificação para os playoffs parece pouco provável.
Ainda assim, havia chegado a hora de um novo começo. Daqui em diante, resta
saber se a fênix renascerá das cinzas.
Rotação:*
PG: Goran
Dragic / Kendall Marshall / Sebastian Telfair
SG: Jared
Dudley / Shannon Brown
SF: Michael
Beasley / Wesley Johnson / PJ Tucker
PF: Luis
Scola / Markieff Morris
C: Marcin
Gortat / Jermaine O'Neal / Channing Frye
* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas.
Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.
Amanhã: Sacramento Kings
Marcadores: Análises da offseason, Suns
Baita reformulação, pegou um monte de "BUST" e vai torçer para que ao menos 2 vinguem de fato, enquanto isto espera-se a aposentadoria de Scola, e mantêm o CAP baixo para economizar. O problema de Beasley nunca foi a cabeça, é a maconha. Dragic é muito inconstante e ainda deverá se manter assim mais alguns anos, embora ache que seria um ótimo armador reserva para metade das equipes da NBA.