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Prévia: Divisão do Pacífico

Concluindo a série de prévias de aquecimento para o começo da temporada da NBA, o post de hoje é sobre a divisão do Pacífico.

(Caso você não tenha visto, confira as prévias das divisões do Atlântico, Central, Sudeste, Sudoeste e Noroeste postadas semana passada)



O Warriors (clique aqui para ler a análise da offseason) fez muitas contratações e melhorou bastante o seu elenco na offseason. Os reforços incluem os veteranos Carl Landry e Jarrett Jack e os novatos Harrison Barnes, Festus Ezeli e Draymond Green. Além disso, a equipe espera contar com Stephen Curry e Andrew Bogut. Curry passou praticamente toda a temporada passada enfrentando problemas no tornozelo. Bogut, adquirido em fevereiro em uma transação com o Bucks, ainda nem fez sua estreia, também por causa de problemas no tornozelo. E é na frágil condição física desses dois jogadores que o Warriors aposta suas fichas. De fato, se ambos ficarem inteiros a temporada toda, o time é forte e pode até beliscar uma vaga nos playoffs. Do contrário, o destino da equipe deverá ser parecido com o de anos anteriores: grandes expectativas seguidas de grandes decepções.

O Warriors vai impressionar se:
-         Bogut voltar às quadras com a mesma capacidade defensiva de seus tempos de Milwaukee
-         Klay Thompson confirmar as expectativas de uma excelente segunda temporada
-         Stephen Curry conseguir ficar mais de 20 minutos em quadra sem torcer o tornozelo

O Warriors vai decepcionar se:
-         As lesões forem o principal destaque da equipe na temporada
-         Mark Jackson não conseguir dar padrão de jogo ao time
-         Klay Thompson tiver dificuldades de lidar com a maior atenção defensiva que receberá


O Clippers (clique aqui para ler a análise da offseason) não mexeu em seu núcleo. Paul, Griffin e DeAndre Jordan continuam por lá. No entanto, o resto do elenco mudou bastante. Randy Foye, Reggie Evans, Kenyon Martin e Mo Williams foram embora. Jamal Crawford, Grant Hill, Matt Barnes, Ronny Turiaf e Lamar Odom chegaram. O novo elenco oferece mais alternativas para Del Negro (o que pode ser bom ou ruim). Mas mesmo com todas essas novidades, uma verdade permanece: o Clippers só irá até onde Paul e Griffin levarem a equipe. Griffin teve altos e baixos ao longo da temporada passada, mas ainda é bem jovem e pode melhorar muito. Paul continua sendo um dos melhores armadores da NBA – na minha opinião, o melhor. Com uma dupla assim, playoffs parecem quase uma certeza. Ainda assim, é difícil ver a equipe indo muito além do que conseguiu em 2011/12. O objetivo deve ser, mais uma vez, o mando de quadra na primeira fase dos playoffs.

O Clippers vai impressionar se:
-         Blake Griffin crescer em sua terceira temporada e se tornar um jogador mais completo
-         DeAndre Jordan confirmar na temporada regular a melhora ofensiva apresentada na pré-temporada
-         Eric Bledsoe apresentar a evolução esperada

O Clippers vai decepcionar se:
-         Griffin não aprimorar nenhum aspecto de seu jogo
-         Lamar Odom continuar tão desinteressado quanto em 2011/12
-         Del Negro não souber administrar as novas peças


O Lakers (clique aqui para ler a análise da offseason) fez duas aquisições bombásticas na offseason. Não bastasse a contratação de Steve Nash, a equipe ainda conseguiu obter Dwight Howard, abrindo mão de Andrew Bynum para tanto. Além dos dois, chegam Antawn Jamison, Jodie Meeks, Earl Clark e Chris Duhon. Outra novidade é o sistema de Princeton que Mike Brown está tentando implementar. Recheado de estrelas, o Lakers tem como objetivo o título e deve brigar pela melhor campanha do Oeste. Resta saber como será e quanto tempo levará a adaptação da equipe às novas peças e ao novo sistema.

O Lakers vai impressionar se:
-         O time for tão bom na prática quanto parece na teoria
-         Mike Brown der liberdade para que Nash utilize o arsenal ofensivo à sua disposição
-         Kobe lidar bem com a ideia de ter a bola nas mãos com menos frequência

O Lakers vai decepcionar se:
-         Mike Brown der ênfase demais ao sistema ofensivo e, com isso, desperdiçar a criatividade de seus jogadores
-         Nash não tiver total liberdade para criar
-         O banco for tão fraco quanto demonstrou ser na pré-temporada


O Suns (clique aqui para ler a análise da offseason) deu adeus à era Steve Nash e resolveu recomeçar – cedo ou tarde, isso aconteceria. Além de Nash, Grant Hill também deixou a equipe. São muitas as caras novas: Dragic, Beasley, Scola, Wesley Johnson, Jermaine O'Neal, PJ Tucker e o novato Kendall Marshall. As expectativas são modestas: a ideia é ser um time competitivo, mas o foco está na próxima temporada, quando a equipe terá espaço suficiente abaixo do teto salarial para tentar uma grande contratação. Uma classificação para os playoffs não é impossível, mas parece muito difícil.

O Suns vai impressionar se:
-         Dragic confirmar o bom desempenho apresentado nos últimos meses da temporada passada pelo Rockets
-         Beasley aprender a ser um jogador produtivo sem ser excessivamente individualista
-         Alvin Gentry conseguir manter o ataque eficiente mesmo após a saída de Nash

O Suns vai decepcionar se:
-         Beasley for o mesmo de Miami e Minnesota      
-         Dragic não der conta da responsabilidade de ser o substituto de um ídolo
-         O banco não conseguir manter o padrão de jogo dos titulares


O Kings (clique aqui para ler a análise da offseason) não mexeu muito em seu elenco, fazendo apenas alguns acréscimos pontuais. Chegam Aaron Brooks, James Johnson e o novato Thomas Robinson. Embora a equipe tenha vários jogadores talentosos e um elenco razoável, até aqui as peças não se encaixaram. Os dois principais jogadores do time são Cousins e Evans. O primeiro ainda tem muito a amadurecer, enquanto o segundo precisa descobrir em que posição é mais eficaz. O técnico Keith Smart pretende usar Marcus Thornton como sexto homem. Parece uma boa ideia, pois isso permitiria que Evans voltasse a jogar como ala-armador e faria com que Thornton pudesse se concentrar naquilo que faz melhor: pontuar. Como no caso do Suns, dificilmente o Kings conseguirá uma vaga nos playoffs. No momento, o mais importante parece ser a evolução individual e coletiva de um grupo que ainda é muito jovem.

O Kings vai impressionar se:
-         Cousins tornar-se um jogador mais consistente e focado
-         Evans apresentar melhora em seu arremesso de média e longa distância
-         Isaiah Thomas der continuidade ao seu bom trabalho após uma surpreendente primeira temporada

O Kings vai decepcionar se:
-         Cousins continuar sendo displicente e cometendo faltas em excesso
-         Evans seguir sua trajetória decepcionante após uma brilhante temporada de calouro em 2009/10
-         A defesa não melhorar

Fiquem de olho nos seguintes jogadores:

Klay Thompson (Warriors): ele já mostrou seu potencial nos últimos meses da temporada passada. Agora, em uma equipe mais organizada e competitiva, o ala-armador tem a chance de começar a se firmar como uma das principais revelações em sua posição.

Eric Bledsoe (Clippers): quem viu o armador jogar nos últimos playoffs e na pré-temporada sabe como ele é talentoso. Bledsoe é um excelente defensor e um bom candidato ao prêmio de Most Improved Player. Isso, é claro, se ele receber minutos suficientes de Del Negro. Com Jamal Crawford (e Chauncey Billups, após este retornar de lesão), é possível que o jovem perca espaço – mesmo que injustamente.

Antawn Jamison (Lakers): muita gente deposita no veterano a esperança de que ele seja o sexto homem que a equipe precisava. Pessoalmente, tenho minhas dúvidas a respeito disso. No atual estágio de sua carreira, Jamison não me parece ter gás suficiente para ser esse tipo de jogar. Ainda assim, ele pode ser um reserva importante.

Michael Beasley (Suns): talento ele tem de sobra. Tudo que ele faz parece fácil. O problema é que ele dificulta as coisas para si mesmo. Força arremessos, não passa a bola, se desconcentra... até aqui em sua carreira, o ala tem sido uma enorme decepção. O Suns acredita que pode oferecer ao jogador o ambiente certo para que ele cresça. Vamos ver se funciona.

Marcus Thornton (Kings): como titular, ele é um pontuador que contribui pouco em outras áreas importantes e tira a bola das mãos de outros jogadores que precisam dela. Na reserva, ele pode ser a primeira opção ofensiva de um grupo que precisa disso. Na teoria, parece fazer todo o sentido do mundo. Mas e na prática?

Fiquem de olho nos seguintes novatos:

Harrison Barnes (Warriors): em seus tempos de high school, Barnes era visto como um futuro astro. No basquete universitário, ficou abaixo da expectativa. Será que ele conseguirá se adaptar melhor à NBA?

Kendall Marshall (Suns): ao que parece, ele começará a temporada fora da rotação da equipe. Será que o armador conseguirá encontrar espaço ao longo do ano?

Thomas Robinson (Kings): o ala-pivô começará a temporada na reserva, mas provavelmente fará parte da rotação. Será que ele conseguirá desbancar Jason Thompson e assumir a titularidade?

Previsão aleatória: O Lakers terá um começo de temporada relativamente ruim, vencendo apenas 5 ou 6 dos primeiros 10 jogos. Depois disso, a equipe fará ajustes e começará a encontrar seu melhor basquete.

Palpite de classificação da divisão:

1)      Lakers
2)      Clippers
3)      Warriors
4)      Suns
5)      Kings

Amanhã: palpites para a temporada


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