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Análises da offseason: Chicago Bulls




(Caso você tenha perdido, confira a análise da offseason do Raptors, postada sábado)

Principais aquisições: Kirk Hinrich, Nate Robinson, Marco Belinelli, Nazr Mohammed, Marquis Teague (draft)
Principais perdas: CJ Watson, John Lucas, Kyle Korver, Ronny Brewer, Omer Asik

No início dos playoffs, a equipe do Bulls era vista como uma das principais candidatas ao título. Derrick Rose, que havia enfrentado uma série de lesões musculares ao longo da temporada, parecia recuperado e pronto para levar a equipe longe. O resto do elenco estava cheio de confiança após ter um aproveitamento surpreendente nos jogos em que Rose ficou de fora. O clima era de otimismo.

De repente, tudo mudou. No final do jogo 1 da série contra o Sixers, Derrick Rose rompeu o ligamento anterior cruzado de seu joelho esquerdo, lesão que o tiraria dos playoffs e, pior, provavelmente o impedirá de jogar boa parte da próxima temporada.

Com um movimento em falso, todo o otimismo se transformou em decepção e preocupação. O Bulls, sem seu principal jogador – e, dois jogos depois, sem seu pivô titular, após Noah sofrer uma torção no tornozelo esquerdo no jogo 3 – ficou muito enfraquecido e caiu diante do Sixers em 6 jogos.

E foi essa sequência infeliz de acontecimentos que determinou a offseason do Bulls... em um sentido bem negativo. Rose não estará disponível por algum tempo e, mesmo quando estiver, provavelmente precisará de um longo período para voltar a jogar no nível em que costumava atuar. Deng passou boa parte da temporada com uma lesão no pulso e decidiu não se submeter a uma cirurgia – assim, pôde jogar as Olimpíadas pela Grã-Bretanha. Portanto, não se sabe se essa lesão pode voltar a causar problemas. Com todas essas dores de cabeça, Chicago chegou à conclusão de que as chances de disputar o título da próxima temporada seriam mínimas. Leve esse fator em consideração quando for avaliar as mudanças no elenco do time, descritas a seguir.

A offseason começou com uma oferta do Rockets pelo pivô reserva Omer Asik. Embora o turco seja extremamente limitado no ataque, sua defesa foi um enorme fator para o sucesso do Bulls nos últimos dois anos. Porém, como o seu contrato colocaria a franquia no luxury tax – imposto pago pelos times cujas folhas salariais passam de um determinado valor (para a próxima temporada, é de 70 milhões de dólares) – Chicago concluiu que não valia a pena pagar caro por um jogador complementar em um time sem grandes perspectivas imediatas. E foi assim que a franquia começou a desmantelar o que era uma de suas principais virtudes: seu banco de reservas.

(Asik é limitado ofensivamente, mas sua capacidade defensiva está bem acima da média e fará falta em Chicago)

Em questão de semanas, o Bulls abriu mão das opções de renovação de CJ Watson, Ronny Brewer e Kyle Korver. John Lucas também não ficou. Para o lugar desses jogadores, buscou Kirk Hinrich, Marco Belinelli e Vladimir Radmanovic. Hinrich até é bom jogador e pode dar certo no sistema de Thibodeau. Belinelli também pode ser útil, mas perde muito para Korver em termos de precisão no arremesso. Para se ter uma ideia, Belinelli acertou 38% de seus spot-ups de longa distância, um bom índice. Korver? Absurdos 48,9%. E simplesmente não há comparação entre Brewer e Radmanovic. Brewer é ótimo defensor, além de entender suas limitações no ataque e se movimentar muito bem sem a bola. Radmanovic é um arremessador de longa distância razoável e nada mais.

(Korver é o raro tipo de arremessador de longa distância com aproveitamento tão bom ou até melhor da cabeça do garrafão do que da zona morta)

No entanto, o Bulls acredita que o substituto para Brewer pode estar no elenco. Ele seria Jimmy Butler, escolha da equipe no draft de 2011 com ótimo potencial defensivo e que teve bom desempenho na Summer League de Las Vegas.

Para substituir Asik, Chicago foi buscar o veterano Nazr Mohammed. Mais uma vez, uma enorme perda de qualidade. Para complementar o elenco, foi contratado Nate Robinson, que deverá ter papel parecido com o de John Lucas na temporada passada. No draft, a escolha foi mais um armador: Marquis Teague. Pode até ser que o jovem ganhe algumas oportunidades enquanto Rose estiver fora. Mas, quando o MVP da temporada 2010/11 retornar, é difícil imaginar Teague entrando em quadra – a não ser durante o garbage time.

Para uma equipe que, meses atrás, era vista como uma das melhores e mais promissoras da NBA, não há dúvidas de que a offseason foi muito decepcionante. Se o Bulls não se vê como um candidato ao título, o que faria os seus torcedores pensarem algo diferente disso?

Mas vale dizer que há uma luz no fim do túnel. As decisões da equipe na atual offseason, por mais frustrantes que tenham sido para aqueles que desejavam ver o time se reforçando, podem representar um futuro com maior flexibilidade financeira. O Bulls decidiu dar um passo para trás agora com a esperança de dar dois (ou mais) adiante no futuro. E, com Thibodeau no comando, não dá para descartar um bom desempenho da equipe, mesmo diante de circunstâncias tão desfavoráveis.

Rotação:*

PG: Derrick Rose / Kirk Hinrich / Nate Robinson / Marquis Teague
SG: Rip Hamilton / Marco Belinelli
SF: Luol Deng / Jimmy Butler / Vladimir Radmanovic
PF: Carlos Boozer / Taj Gibson
C: Joakim Noah / Nazr Mohammed

* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas. Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.

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Amanhã: Cleveland Cavaliers


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1 comentário

  1. Unknown says:

    É... Tá complicado pro Bulls nessa temporada.
    Mesmo assim acredito em final da conferência.

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