Caso ainda não tenha visto, confira as análises da offseason dos times abaixo:
Principais
aquisições: Ramon
Sessions, Ben Gordon, Brendan Haywood, Michael Kidd-Gilchrist (draft), Jeff
Taylor (draft)
Principais perdas: DJ Augustin, Corey Maggette
Após chegar ao fundo do poço na temporada passada – em
termos de aproveitamento, o time teve a pior campanha da história da NBA –, a
boa notícia para o Bobcats é que, como diria um famoso político brasileiro,
"pior do que tá, não fica". Independentemente de quem contratasse ou
dispensasse, dificilmente a franquia conseguiria repetir o feito de 2011/12.
Com a segunda escolha no draft, ao menos Charlotte teria a possibilidade de
escolher um jovem jogador para melhorar o seu futuro.
(Eis uma jogada que resume bem a temporada do Bobcats)
E foi isso o que aconteceu de melhor na offseason do
Bobcats. O principal reforço do time para a próxima temporada é o novato
Michael Kidd-Gilchrist, ala que foi campeão da NCAA jogando ao lado da escolha
número 1 do draft, Anthony Davis.
Kidd-Gilchrist ainda não é um grande jogador ofensivo – ele
dificilmente liderá a equipe em pontos. Seu arremesso de perímetro ainda requer
muita prática para se tornar consistente. Mesmo em seu auge, poucos imaginam o
jogador como a principal opção ofensiva de uma equipe forte. Apesar de todas
essas limitações, o novato deve ter um impacto muito positivo no Bobcats. Sua
principal qualidade é exatamente o que faltava no time de 2011/12: competitividade.
Kidd-Gilchrist entra para vencer cada jogo e faz o que estiver
ao seu alcance para isso. Além disso, o jogador tem tudo para ser um excelente
defensor, com versatilidade suficiente para marcar adversários das posições 1,
2, 3 e, em alguns casos, até 4.
Além do novato, o Bobcats também adquiriu o ala-armador Ben
Gordon (e uma escolha futura de 1º round) em uma troca com o Pistons – que
recebeu o ala Corey Maggette. Após um começo de carreira promissor em Chicago,
Gordon foi contratado pelo Pistons e nunca se acertou por lá. O jogador é
limitado defensivamente e um tanto individualista no ataque. Pontuar é
basicamente tudo que ele sabe fazer. Felizmente, isso é algo que o Bobcats
precisa muito e que Maggette não conseguiu oferecer de forma consistente. O
contrato de Gordon é mais longo – termina em 2014, enquanto o de Maggette
expira em 2013 –, o que significa que a troca diminui um pouco a flexibilidade
futura do time. No entanto, flexibilidade não deverá ser um problema para o
Bobcats, que tem poucos salários comprometidos a longo prazo.
(Mesmo após uma passagem decepcionante pelo Pistons, o
gráfico deixa claro que há uma coisa que Gordon ainda faz muito bem:
arremessar. O Bobcats precisava de alguém assim.)
A outra contratação de impacto do time foi a do armador
Ramon Sessions. O jogador, que disputou a segunda parte da última temporada
pelo Lakers, chega para substituir DJ Augustin, contratado pelo Pacers.
Sessions é um veterano de qualidade, capaz de atuar como titular enquanto Kemba
Walker continua se adaptando à liga e depois ir para o banco de reservas quando
o jovem estiver pronto para assumir o comando do time em quadra. A principal
virtude de Sessions é sua habilidade no pick-and-roll (0,87 pontos por
posse como criador pelo Lakers, 37º melhor índice na NBA). O problema é que, em
Los Angeles, ele podia executar essa jogada com Gasol. No Bobcats, terá que
fazer isso com Mullens, Thomas, Biyombo... bem diferente.
Para complementar o elenco, o Bobcats deu um lance no leilão
e levou Brendan Haywood, pivô que havia sido anistiado pelo Mavs. No draft,
além de Kidd-Gilchrist, a franquia de Charlotte também selecionou o ala Jeff
Taylor. Além de ser um competente defensor, Taylor tem como característica o
bom arremesso de longa distância.
Com o fim de comandar um elenco tão jovem, os 'Cats foram
buscar Mike Dunlap, assistente técnico da Universidade de St John's. Dunlap,
cuja única experiência na NBA foi como assistente do Nuggets de 2006 a 2008,
tem boa reputação por seu trabalho com jogadores jovens.
Ao analisar a offseason do Bobcats, é necessário levar em
consideração as modestas pretensões da equipe. Playoffs não são um objetivo
realista. Tudo que a equipe deseja é desenvolver seus jogadores jovens e ter um
time bem mais competitivo do que no ano passado. As transações dos últimos
meses devem direcionar a franquia nesse sentido. No entanto, tudo indica que,
mais uma vez, o time de Charlotte será um dos piores da liga.
Rotação:*
PG: Ramon
Sessions / Kemba Walker
SG: Ben
Gordon / Gerald Henderson / Reggie Williams
SF: Michael
Kidd-Gilchrist / Jeff Taylor / Matt Carroll
PF: Byron
Mullens / Tyrus Thomas
C:
Bismack Biyombo / Brendan Haywood / DeSagana Diop
* Nem todos os jogadores aparecem em suas posições exatas.
Vários deles atuarão em mais de uma posição ao longo dos jogos e da temporada.
Amanhã: Miami Heat
Marcadores: Análises da offseason, Bobcats